Foto: Ascom Adusc
Nesta terça-feira (30) os docentes da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) decidiram, por ampla maioria, a manutenção da greve por tempo indeterminado. O encaminhamento foi tomado mesmo após a tentativa de intimidação do governo ao movimento grevista, através do anúncio oficial de corte de salário. Na Uneb, Uefs e Uesb os professores já tinham decidido pela manutenção do movimento grevista desde as rodadas de assembleia ocorridas na semana passada.
Na análise do Fórum das ADs, “o governador praticou um gesto autoritário e arrogante cortando o salário de cerca de 4.000 professores, que são pesquisadores e cientistas das universidades estaduais baianas. A assembleia da Uesc, e das outras universidades na semana passada, confirmaram que, mesmo com o corte, a categoria segue firme. Será preciso inventar outras formas de segurar a greve. O governador precisa entender é que a greve precisa ser discutida na mesa de negociação”, demarcou André Uzêda, coordenador do Fórum. Uzeda criticou, ainda, o corte do Ministério da Educação no orçamento das universidades federais. E alertou que o Governo da Bahia precisa mudar a postura e parar de seguir o exemplo nacional.
Seguindo a agenda, o movimento grevista realizou nesta terça-feira (30), quando fecha a folha do mês de abril, o terceiro tuitaço no Papo Correria com a pauta do corte de salário. Através de diversos comentários, os professores questionaram o governador defendendo a legalidade da greve. A greve das Universidades Estaduais Baianas cumpriu todos os trâmites jurídicos, conforme previsto na Constituição Federal. Com base nisso, as Associações Docentes entraram com mandatos de segurança para garantir o pagamento dos salários dos professores.
Esta terça-feira também foi marcada por reuniões dos Comandos de Greve Docente que, atualmente, debatem os próximos passos do movimento. Os comandos de greve participarão, ainda, dos atos locais unificados do dia do trabalhador que ocorrerão amanhã.
