Manifestações contra o fechamento de escolas pressionam Governo do Estado

Protesto na Avenida Vasco da Gama do Colégio Victor Civita (Foto: Marina Silva / CORREIO)

Nas últimas semanas ocorreram protestos contra o anúncio da Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC) sobre fechamento de escolas estaduais. As ruas próximas às escolas ameaçadas nas cidades de Salvador, Feira de Santana, Nazaré e Itabuna foram tomadas nos últimos dias por estudantes e professores contrários a medida do Governo Rui Costa.
De acordo com a Coordenação Geral da APLB-Sindicado, cerca de 100 unidades em todo o estado. Na capital, Salvador, cerca de 12 unidades foram ameaçadas, de fechamento ou municipalização. Após um ato ocorrido nesta segunda-feira (26) na SEC, representantes das unidades que poderão ser fechadas se reuniram com a secretaria de educação. Apesar de ainda não haver registros de recuo do governo sobre a medida, a pressão do movimento fez com as comunidades escolares sejam ouvidas e novas reuniões ocorram.

Entenda
Segundo a Secretaria da Educação, as mudanças fazem parte de um “reordenamento da rede”, que prevê o fechamento de algumas unidades do ensino fundamental e transferência de outras para a rede municipal. Na prática, o reordenamento prejudicará o acesso de milhares de baianos à educação básica.
“O que o governo chama de reordenamento escolar, na verdade, é um grande ataque à educação pública baiana. Não é hora de fechar escolas, e sim abrir escolas e investir na educação. O Governo Rui Costa precisa parar com a política de precarização das escolas e das universidades estaduais. Todo apoio e solidariedade a luta em defesa das escolas”, afirmou Sérgio Barroso, coordenador do Fórum das ADs.

A educação precisa resistir
Atualmente, o ensino superior baiano também sofre com uma política de desmonte e precarização. Apenas nos últimos quatro anos o governo Rui Costa cortou mais de 200 milhões no orçamento de custeio e investimento das quatro universidades estaduais.
Além de acumular perdas, o governo não tem repassado às administrações das universidades o valor integral da cota orçamentária programada nas rubricas de manutenção e investimento. Por conta dessa prática, segundo as pró-reitorias de Planejamento das instituições, Uneb, Uesc, Uefs e Uesb atravessam  2018 com um o contingenciamento entre 30% e 40%.
“Os ataques à educação não começaram agora. Estamos diante de um grande desafio, que é resistir a ofensiva que a educação pública e crítica está sofrendo”, demarcou Barroso com um chamado à luta.

Com informações Esquerda Online, APLB Sindicato e Correio da Bahia.